O que se passa no Facebook passa-se aqui também!

30 de dezembro de 2009

A Ópera... pode ser arte pública?

Não resisto a partilhar convosco este vídeo!

Esta performance decorre num local lindíssimo (já o comprovei pessoalmente) que é o mercado de Valência e pretende motivar, cativar, despertar o público para a ópera. Ópera?! dirão...! O quem tem que ver com Arte Pública?

Por falar em ópera e em arte pública, o edifício da Ópera de Valência é uma verdadeira obra de arte. É da autoria do arquitecto Santiago Calatrava (o mesmo da nossa Gare do Oriente), ele próprio valenciano.


Voltando à performance, ela foi executada por cantores profissionais e enquadra-se numa acção pedagógica que pretende que as pessoas passem a ir mais à ópera. Esta acção é acompanhada de um site ao qual também vale a pena dar uma vista de olhos: http://www.esoqueseconocecomolaopera.com

Porque é que isto é Arte Pública?
Já não é a primeira vez que me refiro aqui no blog a acções de carácter performativo como sendo obras de arte pública. Na realidade estas acções enquadram-se naquilo que considero ser a verdadeira arte pública: a arte que é feita para e com o público, que contribui decisivamente para a formação estética e artística de quem tem/teve a oportunidade de ter a experiência. Umas são efémeras e se não vimos já não podemos ver, outras são permanentes e irão continuar a desempenhar esse papel.


O que isto nos interessa como professores?
O que podemos nós e os nossos alunos fazer para levar as pessoas à ópera, para levar as pessoas aos museus, para levar as pessoas a contribuir para uma campanha de solidariedade, ...????
Alguma vez nos preocupámos em proporcionar aos nossos alunos o contacto com todas estas manifestações artísticas?
Pensemos nisto!



2 comentários:

Tiago Carvalho disse...

Que bonito. Pois é Ricardo, tu demonstras muitas vezes que a arte não tem que ficar em gavetas fechadas, para apenas os que têm a chave. Pode haver meios de abrir as portas dos museus. Obrigado e bom ano de 2010.

Anónimo disse...

Desde luego que la ópera podría ser un arte público. Pública es ya la obra de Puccini, de Verdi, o de Mozart, algunos de mis compositores preferidos. La gente puede acceder a la ópera de muchísimas formas y eso es lo público, pero, ¿Está preparada en general a gente para disfrutar plenamente en toda su concepción de la ópera? ¿Tienen la sensibilidad suficientemente desarrollada como para conmoverse ante la belleza de un aria como Nessum Dorma?
La obligación de los profesores de música, no sólo es enseñar música; es la de formar "públicos de lamúsica" de forma que las vibraciones no queden en el aire, sino que lleguen hasta la piel de las personas. Que haya un momento, que haya tanta demanda de ópera, que supere la barrera de la concepción general de que la ópera es un espectáculo elitista, sólo para personas pertenecientes a una clase social y económica muy determinada.
Volvamos a la popularidad de la ópera en el siglo XIX, donde era tema de discusión cotidiana la opción de elegir entre Wagner o Verdi.
La ópera es divertida, es emocionante, es bella, es un espectáculo completo; lo único que hace falta es demostrarlo a todo el mundo.
Ahí entra el papel del docente.

Maria Rosell, profesora de piano.

Posts relacionados

Também poderá estar interessado em...