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18 de março de 2010

Intervir na intervenção

A conhecida iniciativa de arte pública Cow Parade voltou pela 2ª vez a São Paulo mas desta vez mereceu alguma contestação, não população que até gosta de observar as vaquinhas coloridas espalhadas pela cidade, mas do meio artístico, em especial do artistas Eduardo Srur que resolveu intervir sobre as vacas, criando e colocando em cima de duas vacas o "Touro bandido". A sua intervenção durou cerca de 7 horas.
Veja o vídeo....


O artista argumenta que a intervenção artística sobre vacas em São Paulo não faz sentido pois a vaca não passa de um animal "domesticável" e não tem qualquer relevância neste contexto, fazendo sentido "talvez na Suiça" (país de onde é originária a iniciativa), argumentos que me fazem colocar algumas questões:
- Que elementos de identificação são necessários para que a população (os fruidores) sintam a arte pública como sua?
- Como se completa neste caso o ciclo Recreação/Aprovação/Apropriação?
- Que lugar para a crítica? Como pode/deve ser expressa?
- Não será a intervenção de Eduardo Srur a "verdadeira" obra de arte pública, no sentido em que expressa uma reacção dos fruidores?

Veja também um pequeno texto no Jornal ObaOba! (Brasil) - Até onde vai a arte?

1 comentário:

Dalaiama disse...

Tá muito bem a intervenção do brazuca! Isso das vacas é só marketing e tanga! Lembro de que quando passou por Portugal andaram alegadamente a aceitar propostas (não concorri mas tenho amigos que sim) para serem votadas mas era tudo treta porque já tinham os nomes dos artistas amigos da moda escolhidos. Não foi honesto. Aliás, a fome pelo lucro nunca é honesta!

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