O que se passa no Facebook passa-se aqui também!

20 de fevereiro de 2009

José de Guimarães ganha prémio da Academia Nacional de Belas-Artes

"De acordo com o presidente da Academia, António Valdemar, o júri decidiu por uninimidade atribuir o galardão pelo "trabalho notável" realizado na escultura, adquirida em 2008 pelo Museu Würht de Logronho, onde esteve inserida numa exposição retrospectiva intitulada "José de Guimarães: Mundos, Corpo e Alma".
O júri considerou que, em "Favela", José de Guimarães "reafirma a sua originalidade e poder criador, que o colocam entre as figuras mais representativas da sua geração no domínio das artes plásticas" em Portugal.
Inserida na série "Brasil", esta escultura inclui elementos como objectos, bandeiras e luz de néon, simbolizando aquilo a que o artista chama "favela global", onde estão representados os cinco continentes.
Instituído em 1979, o Prémio Dr. Gustavo Cordeiro Ramos distingue em anos alternados obras de pintura e escultura consideradas mais relevantes, apresentadas em exposições ou implantadas em espaços públicos no ano transacto.
Entre os artistas já galardoados contam-se Joaquim Correia, António Inverno, Maria Keil do Amaral, Lagoa Henriques e Ângela Ferreira.
Além de António Valdemar, o júri deste ano foi constituído pelo pintor Reys Santos, o arquitecto António Marques Miguel, o crítico de arte José-Augusto França e o escultor António Vidigal.
Nascido em 1939, José de Guimarães adoptou como pseudónimo o nome da sua cidade natal e esteve nos anos 60 em Angola para cumprir o serviço militar, acabando por ali permanecer sete anos que viriam a ser determinantes para a sua forma de criar e entender a arte.
Também as culturas chinesa, japonesa e mexicana inspiraram José de Guimarães em certos períodos da sua carreira, tendo-se deslocado frequentemente ao Oriente para exposições e criação de obras de arte pública, nomeadamente em Macau.
A comunicação, a guerra, o amor, o erotismo e a literatura são temas presentes nos seus trabalhos, adquiridos por colecções públicas e privadas a nível nacional e internacional como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves, o Museu Nacional de Arte Contemporânea de Madrid, o Rockefeller Art Center (EUA), o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de Bruxelas e o Museu de Angola, entre outros.
Desde 1995 que José de Guimarães reparte a sua actividade entre Paris e Lisboa.
O prémio, que tem um valor monetário simbólico, será entregue ao artista em data a anunciar pela Academia Nacional de Belas Artes."

Notícia disponível em: www.rtp.pt

Sem comentários:

Posts relacionados

Também poderá estar interessado em...