As Festas do Povo de Campo Maior são um acontecimento único na vida da cidade da raia alentejana.O site oficial do evento http://www.festasdopovo.pt tem como destaque a seguinte frase: "A arte de um povo". Foi isso mesmo que senti quando lá estive ontem. Um povo que decide em plenário quando fazer a festa; um povo que se junta em torno de um objectivo comum, fazendo com a que sua rua seja mais bonita do que as demais; um povo que decide democraticamente o aspecto estético da sua rua; um povo que está na rua, orgulhoso do seu trabalho, a receber os milhares de pessoas que visitam a cidade nestes dias (espera-se mais de 1 milhão); um povo que demonstra um sentido estético surpreendente; um povo que demonstra uma capacidade técnica assinalável, fruto de um saber adquirido ao longo de gerações. Fruto da exposição mediática do evento eu tinha já alguma ideia sobre o que ia encontrar. No entanto, há coisas que as fotos e as reportagens da TV não nos conseguem transmitir, ou melhor, transmitem-nos de uma forma mediada que altera a nossa percepção: refiro-me a todo o contexto da cidade, do seu povo e dos seus visitantes; e à forma como interpretamos e experienciamos tudo aquilo que vemos, e isto só pode ser feito in loco .
Parece-me que esta manifestação estética e artística popular, de grande escala (uma vez que falamos de 104 ruas decoradas) se enquadra em absoluto no campo da Arte Pública.
Penso que o valor educativo deste evento vai muito para lá da sua dimensão técnica ou estética, pois podemos aprender muito sobre os processo de trabalho colaborativo; sobre o que representa para este povo a realização desta festa; sobre o sentido de pertença e de partilha; sobre as motivações e significados das diferentes temáticas de cada rua e sobre as distintas soluções encontradas.
Alguém foi?
Alguém quer partilhar aqui a sua impressão?
O que podemos aprender com estas manifestações populares?
Pode encontrar mais fotos em: http://www.facebook.com/artepublicanaescola
Eu fui. Mas mais do que o espectáculo extraordinário das ruas floridas,o que me impressionou foi pensar no trabalho de equipa que lhe deu origem, nas casas abertas que podíamos ver, nas pessoas sentadas à porta com quem podíamos falar, nos grupos de 2 ou 3 pessoas (de idades bem distintas) que decidiam fazer animação de rua...
Sim, isso mesmo também me impressionou. O que podemos nós aprender disto? será que os alunos de Campo Maior sabem trabalhar melhor em equipa do que os de Lisboa? Obrigado pelo teu comentário.
Sobre o trabalho em equipa dos alunos não sei, mas fiquei admirada por ver muita gente nova (talvez 16/18/20 anos) na tal animação de rua. E nas reportagens de TV depois da chuva, tb se via, ainda mais novos implicados no trabalho!
Eu fui. Mas mais do que o espectáculo extraordinário das ruas floridas,o que me impressionou foi pensar no trabalho de equipa que lhe deu origem, nas casas abertas que podíamos ver, nas pessoas sentadas à porta com quem podíamos falar, nos grupos de 2 ou 3 pessoas (de idades bem distintas) que decidiam fazer animação de rua...
ResponderEliminarSim, isso mesmo também me impressionou. O que podemos nós aprender disto? será que os alunos de Campo Maior sabem trabalhar melhor em equipa do que os de Lisboa?
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário.
Sobre o trabalho em equipa dos alunos não sei, mas fiquei admirada por ver muita gente nova (talvez 16/18/20 anos) na tal animação de rua.
ResponderEliminarE nas reportagens de TV depois da chuva, tb se via, ainda mais novos implicados no trabalho!